Angra lotou casa no Rio com setlist que mistura clássicos com músicas da nova fase

Por Pedro Viana


Após o lançamento de Cycles Of Pain, o mais novo disco do Angra, foi a vez do Rio de Janeiro receber os gigantes do Power Metal no Circo Voador. Uma casa lotada, demonstrava grande expectativa de quais seriam as novas músicas a serem contempladas, bem como, os clássicos a serem incluídos no set list.

As 21h30 os cariocas da Innocence Lost iniciam os trabalhos com um com um show de prog metal, grandioso e coeso. Muito aplaudidos pelo público, o destaque da apresentação fica com Mari Torres, que demonstra força e muita técnica em seus vocais.

As 23h, chega o momento do Angra vir ao palco com a clássica “Nothing To Say”. Fabio Lione, dispensa comentários em sua performance, mostrando que ainda teríamos uma noite muito empolgante por vir. “Final Light” e “Tide Of Changes Part I e II”, seguem com uma sequência coesa e muito bem executada, mas um tanto morna, após uma abertura tão intensa. Lione, então anuncia que o novo disco será tocado praticamente em sua totalidade, mas que agora é hora de mais um clássico, do primeiro álbum, e então “Angels Cry” vem para trazer a nostalgia e adrenalina, necessária para aquele momento. Ao fim, temos um mix de alguns clássicos pontuais, como “Rebirth” e a excelente e virtuosa “Morning Star” com mais quatro músicas do novo álbum.

A banda então sai do palco, exceto por Rafael Bittencourt que inicia um set acústico, para homenagear a era de ouro de Andre Matos. Temos então “Lullaby For Lucifer” em sua voz e “Gentle Change” na voz de Lione, posteriormente chamado ao palco. Um momento bem emocionante e intenso.


Voltando ao palco, a banda retoma o set misturando hits com uma música de Cycles of Pain e uma de Omni, penúltimo disco da banda. Neste bloco, o destaque de longe fica com “Waiting Silence”, que mostra que não há como competir com o poder de clássicos já consolidados.

Para finalizar, a banda vem com as duas músicas mais icônicas das fases de André e Edu, “Carry On” e “Nova Era”, fechando a noite em alto e bom som.

O Angra em meio a tantas mudanças de formação no passado, diferentes fases e sonoridades, se mostra hoje em seu momento mais maduro e potente no palco. Se por um lado, clássicos fizeram falta e houveram diversos momentos mais mornos durante o show, há de se entender que a banda hoje vive o auge de sua nova fase e divulgar o máximo possível de seu trabalho mais recente talvez seja o caminho mais coerente a ser seguido. Feitas as devidas considerações sobre o set, sobre a apresentação, não há o que criticar. Lione, Barbosa e Valverde, já tem lugar cativo no estúdio, nos palcos e no coração dos fãs e Bittencourt e Andreoli já mostraram que não há de se deixar morrer um legado que é tão importante para o metal e nosso país. Pra quem busca ver uma bela apresentação do Angra, recomendo sem hesitar! De longe, a melhor fase em anos do quinteto.



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