Por: Paulo Schwinn
A movimentação já era bastante intensa nos arredores do Circo Voador desde o começo da tarde do último domingo, dia 5 de agosto, para o show final da turnê da banda The Pretty Reckless no Brasil. Por volta da 19 horas, quando os portões foram abertos, uma imensa fila de pessoas começou a adentrar o mítico espaço carioca. O público, em sua maioria formado por meninas entre 14 e 18 anos, muitas acompanhadas da mãe, do pai ou até mesmo do namorado, estava sedento para ver a louríssima Taylor Momsen, vocalista da banda. Antes do show começar, teve muito rock and roll no sistema de som da casa. System Of A Down, Ozzy Osborne, Slipknot e até Beastie Boys ajudaram a tornar a espera mais agradável.
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E ás 21 horas em ponto, Taylor subiu ao palco com seus parceiros de banda Ben Phillips (Guitarra), Mark Damon (Baixo) e Jamie Perkins (Bateria), mandando de cara ‘Hit Me Like a Man’, canção do EP homônimo, lançado em 2012. O que se viu e ouviu nos 65 minutos seguintes foi histeria coletiva elevada á enésima potência. Letras das canções gritadas a plenos pulmões por todos os presentes, garotas alucinadas, muitas de sutiã á amostra, urrando de felicidade. Mal dava pra ouvir a bela voz da cantora, tamanha era a força do coro dos fãs. Os instrumentos estavam bem equalizados, numa altura excelente. ‘Since You’re Gone’, ainda mais roqueira que no disco, colocou todo mundo pra pular. Taylor, que entrou com um casaquinho de couro por cima de uma camiseta do Sepultura, já estava sem ele e saudou a todos com um ‘Rio, é muito bom estar aqui’ que soou bem sincero. A vocalista, que estava com duas tranças prendendo os longos cabelos louros, tem uma grande presença de palco, canta bem e dança sensualmente em quase todas as músicas. ‘Zombie’, um b-side, veio a seguir, mantendo o clima de catarse coletiva no Circo Voador.
O repertório do show é baseado no único álbum da banda (Light Me Up, de 2010), e no já citado EP ‘Hit Me Like a Man’. Microfonias introduzem ‘Miss Nothing’ e a galera pula junto de novo. Com um ‘obrigada por virem ao show’, e um ‘pretty awesome’ para parte do público que gritava seu nome, Taylor apresenta a balada ‘Just Tonight’, num dos poucos momentos em que o clima do show se acalma um pouco. Um riff ‘a la’ Guns n’ Roses inicia ‘Going Down’, uma das mais canções mais roqueiras do Pretty Reckless. A bluesy ‘Cold Blooded’ traz o momento mais sensual de Taylor Momsen no show, arrancando aplausos e mais gritos histéricos do público ao dançar sensualmente em frente à bateria durante o solo de guitarra da canção.
Com o jogo ganho, a banda ainda se deu ao luxo de apresentar duas covers em sequência: ‘Like a Stone’, do Audioslave, com o solo de Tom Morelo tocado com exatidão por Ben Philips, e uma versão de ‘Seven Nation Army’, do White Stripes, com uma introdução em que os riffs de guitarra se somavam e criavam uma atmosfera ‘espacial-futurista’, pode-se assim dizer. ‘My Medicine’, muito festejada, vem a seguir, na única música em que Taylor se arrisca a tocar guitarra. ‘Make Me Wanna Die’ é apresentada por Taylor como ‘a primeira música que lançamos como uma banda’, e tem a companhia do guitar-hero Ben Philips nos vocais. A roqueira até o talo ‘Factory Girl’ e a balada ‘Nothing Left To Lose’, com introdução de violão e a guitarra rasgando no final, encerram o show, deixando o público sedento por mais The Pretty Reckless.
Setlist:
01 – Hit Me Like A Man
02 – Since You”re Gone
03 – Zombie
04 – Miss Nothing
05 – Just Tonight
06 – Going” Down
07 -Cold Blooded
08 – Like A Stone (Audioslave cover)
09 – Seven Nation Army (White Stripes cover)
10 – My Medicine
11 – Make Me Wanna Die
12 – Factory Girl
Bis:
13 – Nothing Left To Lose
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