Rebeldes dos anos 80’ e 90” mantém o Rock em alta no segundo dia do Overload Music Fest

Por Márcia Ito e Celso Scarparo

Paradise Lost - (Foto/Crédito: Celso Scarparo)
Paradise Lost – (Foto/Crédito: Celso Scarparo)

O festival Overload Music Fest teve a sua primeira edição no ano passado, 2014, trazendo as bandas Alcest, God is na Astronaut, Fates Warning e Swallow the Sun. Já este ano, o evento ficou ainda maior, com dois dias de espetáculo e com uma grande novidade, já que nos intervalos de cada show, os fãs puderam conhecer melhor algumas de suas bandas favoritas, através de um “Meet and Greet” gratuito.

Com um público veterano e pra lá de experiente no cenário Rock’in’Roll, em sua grande maioria trintões que acompanham algumas das atrações há anos, o festival abre o primeiro dia, 05 de setembro, com os shows de Anathema, The Reign of Kindo, Riverside, Novembers Doom (Acústico) e Andy McKee, no Via Marquês em São Paulo.

A banda inglesa Antimatter abriu o segundo dia do festival, 06 de setembro, apresentando seu rock melancólico em formato acústico. Apesar da banda ter sido formada em 1997, ainda não é muito famosa no Brasil. Talvez por isso, o show tenha sido uma grande novidade para a maioria dos poucos presentes.
Logo em seguida, foi a vez dos japoneses da banda Mono apresentarem seu post-rock instrumental, pela primeira vez no Brasil. O público, apesar de não muito volumoso, estava bem receptivo e aplaudiu bastante ao final de cada música.

A performance de palco da banda foi bem comedida, talvez pela falta de espaço, já que os equipamentos do HeadLine da noite ocupavam boa parte do palco e os músicos realizaram a apresentação inteira sentados, com exceção de Tamaki que alternava entre seu baixo com um modesta dança e teclado. Já Takaakira, chegou a se atirar algumas vezes ao chão, numa espécie de transe provocada pelas distorções e reverbs de sua guitarra.

Novembers Doom - (Foto/Crédito: Celso Scarparo)
Novembers Doom – (Foto/Crédito: Celso Scarparo)

Os americanos do Novembers Doom tocaram nos dois dias do festival, sendo que no primeiro dia realizaram um show mais acústico. Já no segundo dia, com um set list bem pesado, o show foi elétrico e teve bastante empolgação dos presentes, com muitos fãs agitando e cantando todas as músicas.

Paul Kutr mostrou muita energia com seu vocal gutural e simpatia, brincando com o público e com o baixista Michael Feldman. Paul não se intimidou com a galera e após o show, foi retribuir a boa receptividade na pista onde tirou fotos e distribuiu autógrafos, sempre acompanhado de um copo de caipirinha.

Mas a grande atração da noite era mesmo os ingleses do Paradise Lost.

Vocal do Paradise Lost - (Foto/Crédito: The Ultimate Music)
Vocal do Paradise Lost – (Foto/Crédito: The Ultimate Music)

Passava das 21h quando a banda subiu ao palco do Via Marquês e abriu seu show com a clássica The Enemy. O público realmente não lotou a casa, mas quem estava lá não se decepcionou e agitou muito.

Promovendo o último álbum, “The Plague Within” a banda toca na seqüência “No Hope in Sight”, seguida de “Gothic”, música título do álbum de 91 e” Tragic Idol” de 2012, mas o público veio abaixo mesmo com “Erased” que não deixou ninguém parado.

Os vocais de Nick Holmes impressionam, passeando entre graves e agudos com extrema facilidade, agregando uma característica única ao som da banda.

O set list foi bem variado e passou por diversos momentos da banda, que tem uma discografia invejável, com quase 15 álbuns ao logo de mais 27 anos de carreira e trouxe ainda canções com “True Belief”, “Faith Divides Us – Death Unites Us” e “Pity the Sadness”. Mas a noite ainda prometia muito mais e a banda toca “Isolate” e encerra a primeira parte com “One Second”.

Os músicos estavam muito entrosados e o guitarrista Aaron Aedy esbanjava simpatia, cantando diversas músicas, sempre agitando muito com a galera.

Eles retornam para o bis com a nova “An Eternity of Lies”, tocando em seguida “As I Die” e fecham a noite magistralmente com “Say Just Words”, levando o público ao delírio com todos cantando em uníssono.

É uma pena que o público tenha sido modesto, já que o festival proporcionou uma ótima qualidade de som e luz, um line up mais que considerável e a casa (Via Marquês) atendeu muito bem a estrutura e ao público.

Parabéns as bandas, parabéns a organização do Overload Music Fest e que essa segunda edição não seja a última!

Set list do Paradise Lost

1. The Enemy
2. No Hope in Sight
3. Gothic
4. Tragic Idol
5. Erased
6. True Belief
7. Victim of the Past
8. Hallowed Land
9. Faith Divides Us – Death Unites Us
10. Pity the Sadness
11. Isolate
12. Terminal
13. One Second
14. An Eternity of Lies
15. As I Die
16. Say Just Words

Set List do Novembers Doom
1. Rain
2. Bled White
3. The Jealous Sun
4. Harvest Scythe
5. The Novella Reservoir
6. Just Breathe
7. Amour of the Harp
8. Heartfelt
9. Dark Fields for Brilliance
10. I Hurt Those I Adore
11. Buried
12. The Pale Haunt Departure

Nota do editor: No festival nossa equipe só foi credenciada como repórter, com isso não obtivemos fotos profissionais.

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