Por Carolina Morais
Sodom é uma das bandas mais importantes pro histórico do Thrash Metal desde muito tempo, com uma temática regida de letras sobre guerras, morte e uma grande critica baseada nos dois assuntos eles fazem parte do Big Four Alemão, e junto a isso possuem uma carreira musical bastante vasta, com 15 álbuns lançados e muitas bandas que os usam como influencia total em sua sonoridade.
Fazer parte de uma banda histórica e continuar lançando álbuns com certa frequência não é uma tarefa fácil, infelizmente muitas características do old Sodom ficaram pra trás, trazendo cada vez mais uma diversificação em busca de um novo território elitístico em sua moldura. Muitas bandas conhecidas também buscaram isso, como exemplo o próprio Motörhead e o Slayer, porém nem sempre os resultados são tão consistentes quanto a abordagem (como podemos retificar com o álbum do Slayer do ano passado).
O Decision Day foi lançado em 26 de agosto e é um bom álbum de thrash metal, porém talvez se torne um pouco básico ou incompleto demais para os fãs de carteirinha do “black/thrash” old Sodom , afinal álbuns como Obsessed by Cruelty, Agent Orange e o próprio ep In the Sign of Evil causam um impacto corrosivo enorme até hoje depois de anos de seus respectivos lançamentos, mas com isso em mente também conseguimos avaliar os trabalhos atuais de uma maneira positiva, afinal sair de sua linha de conforto as vezes é um desafio necessário para diversas bandas.
Ele conta com uma abordagem bastante rápida que relembram algumas caraterísticas de diversos álbuns da banda, junto com riffs e letras com refrães bem marcantes. O próprio Tom Angelripper (vocal e baixista do Sodom desde 1984) valiou o mesmo e disse:
“Os vocais no Decision Day, ocasionalmente, me lembram de nossa fase Persecution Mania, mas as músicas são muito mais profundas, musicalmente, bem como em termos de suas letras”.
A capa do álbum trás consigo uma ilustração com bandeiras da EUA e da Federação Russa, que se molda apenas como mais uma critica ácida assumida pela banda, e na sua temática proposta o antagonismo do cenário mundial e a rivalidade bruta atual entre os países é abordado nas letras.
O álbum conta com 12 faixas, a maioria delas entre 4 á 5 minutos.
Destaque para as faixas:
• Rolling Thunder: Apesar da primeira faixa “In Retribution” ter deixado um pouco a desejar, a minha opnião sobre a “Rolling Thunder” foi totalmente diferente. A introdução possui um impacto incrível e os riffs são monstruosos e bem construídos.
• Decision Day: Faixa que trás consigo o titulo do álbum, apesar de ser uma das mais melódicas ela consegue expressar bastante a linha do álbum, junto de um refrão bem marcante.
• Who Is God?: Uma das musicas mais rápidas e bem construídas do álbum, possui riffs bem marcantes que lembram bastante a fase do In War and Pieces (álbum de 2010).
Decision Day pode até não ser o melhor que o Sodom pode proporcionar como álbum, mas depois de 30 anos de carreira no Thrash Metal com vários álbuns marcantes e únicos é impressionante ver a banda produzindo trabalhos totalmente consistentes.
Tracklist:
1. In Retribution
2. Rolling Thunder
3. Decision Day
4. Caligula
5. Who Is God?
6. Strange Lost World
7. Vaginal Born Evil
8. Belligerence
9. Blood Lions
10. Sacred Warpath
11. Refused to Die
12. Predatory Instinct
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