Por: Renata Penteado
O guitarrista da formação clássica do KISS esteve em São Paulo para presentear seus fãs tocando e cantando músicas de sua carreira solo, assim como alguns sucessos de sua banda de origem. A noite chuvosa de 05 de março de 2017 teve a honra de receber o polêmico ex-guitarrista de uma das bandas mais famosas do mundo, marcando mais um ponto na cena roqueira paulistana, e o Tom Brasil foi escolhido para acolher o evento.
A casa estava cheia, embora não estivesse lotada, com fãs de diferentes idades, vindo de lugares diversos, compondo o público que aguardava ansiosamente o Spaceman. Para os mais abastados, havia a venda do Meet and Greet, que dava direito a autógrafos, fotos e acesso aos bastidores, por R$500,00, além do já esperado e tradicional stand de camisetas, a R$80,00 cada.
Com apenas sete minutos de atraso e com o palco repleto de amplificadores, os primeiros acordes começaram a ser tocados, e já era então possível antecipar que o barulho seria alto. A banda se posicionou devidamente e, em seguida, surge Ace Frehley, usando os óculos de sol que o acompanharam durante toda a performance. Com a banda de apoio composta por Richie Scarlet (guitarra e vocais), Chris Wyse (baixo e vocais) e Scot Coogan (bateria e vocais), Ace, com o perdão do trocadilho, tirou um ás certeiro da manga, logo com o primeiro hit: Rip it Out.
A banda se esforçou muito para dar seu melhor, mesmo com erros técnicos, e o som dos instrumentos muito alto, com Ace cantando a maioria das 14 músicas do show. Quatro canções, no entanto, tiveram seus vocais interpretados pelos outros membros: Love Gun e Detroit Rock City (esta, no bis) ficaram por conta de Scot Coogan; Chris Wyse teve sua participação em Strange Ways; e Richie Scarlet cantou 2 Young 2 Die, dedicando-a, como forma de homenagem, a Eric Carr (ex-baterista do Kiss, falecido devido a complicações decorrentes de um câncer no coração em 1991).
Os solos de guitarra e de baixo foram efetuados de maneira mais lenta, houve microfonia em alguns momentos do show, e até mesmo um duelo de guitarras antes de Shock Me. Porém, a única coisa que fez lembrar Ace como ex-membro do Kiss, de maneira performática, foi a fumaça que saiu de sua guitarra durante seu solo, o que compensou a falta de uma apresentação mais audaciosa, pois o Spaceman não é o tipo de frontman que uma banda precisa para levar o público ao delírio durante todo o show. Ele interagiu pouquíssimo com seus fãs e não se preocupou muito em dominar o palco, mas se há uma coisa de que quem estava na frente da pista premium não pôde se queixar foi a chuva de palhetas que por lá caíram durante toda a apresentação.
No final do show, em Cold Gin, Ace deixou que os fãs cantassem, e era possível sentir a emoção no coro afinado da galera, já em tom de despedida. Então a banda deixou o palco e, com o apelo dos fãs, voltou para o bis, com Ace agora vestindo uma camiseta com seu próprio rosto maquiado de Spaceman. Tocaram Detroit Rock City e arremataram a noite com Deuce. Ace ganhou flores, os músicos se despediram, tiraram a foto clássica de palco e partiram.
Setlist
01) Rip It Out
02) Toys
03) Parasite
04) Snow Blind
05) Love Gun (Scot Coogan nos vocais)
06) Rocket Ride
07) Rock Soldiers
08) Solo De Baixo
09) Strange Ways (Chris Wyse nos vocais)
10) New York Groove
11) 2 Young 2 Die (Richie Scarlet nos vocais)
12) Duelo De Solos Dos Dois Guitarristas
13) Shock Me
14) Solo De Ace Frehley
15) Cold Gin
Bis
16) Detroit Rock City (Scot Coogan nos vocais)
17) Deuce
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