Por: Adriana Camargo
Há mais de trinta anos, no auge do movimento punk, o Misfits entrou para o estrelato para nunca mais sair, com seu visual peculiar e o som rápido e de peso. Hoje, com Jerry Only(baixo/vocais), Dez Cadena (guitarra) e o mais recente membro da tríade, Eric “Chupacabra” Arce (bateria), apresenta o lançamento de seu primeiro álbum de inéditas em 12 anos, o ótimo “The Devil’s Rain”.
E o público brasileiro que não pôde assisti-los no ano passado, ganha mais uma oportunidade única de conferir o som dos caras, junto com o Anthrax, no dia 27 de abril no Hsbc Brasil. No repertório, sucessos como Halloween, Vampira, Mommy, Can I Go Out and Kill Tonight?, Dig Up Her Bones, American Psycho e a intro, Hybrid Moments, Die Die My Darling, Astro Zombies, Skulls, Forbidden Zone, Last Caress, We Are 138, Helena, clássicos dos Ramones e do Black Flag, além de covers de músicas dos anos 50.
ENTREVISTA:
1. O que é mais importante para vocês nesta longa carreira da banda?
R: Manter as coisas simples, básica e direta ao ponto. Acima de tudo, não se transformando em uma ‘commodity’. Permanecendo no subsolo, mas inspirando pessoas com o que nós fazemos.
2. Quais são suas principais influências musicais?
R: Iggy e os Stooges, Ramones, The Clash, The Damned e antes o David Bowie … E antes disso, o classic rock and roll da década de 1950.
3. O fato de ter escrito três músicas no álbum do Metallica o que agregou a carreira do Misfits? Você acha que ajudou a espalhar a mistura do metal com punk rock?
R: O Metallica trouxe a consciência de toda uma nova audiência que devido a problemas legais com o Misfits, não foram capazes de iluminar com a nossa escuridão no momento. Felizmente, em 1995 estávamos de volta a fazê-lo nós mesmos.
4. Quem criou o crânio (The skull) que é o símbolo da banda?
R: Deus!
5. Como tem sido a receptividade dos fãs em todo o mundo para o álbum “THE DEVIL”S RAIN”?
R: Estou muito feliz com a reação que o novo álbum tem recebido. Eu acho que nossos fãs mais jovens tendem a gravitar para o novo material, e os nossos fãs mais velhos se orgulham do nível de tocar que a banda tem sido capaz de segurar, enquanto permanecemos fiéis às nossas raízes.
6. Qual sua expectativa para vir tocar no Brasil com o Anthrax?
R: Espero que todo o inferno se liberte! Meu passeio mais agradável foi a nossa turnê Ressurrection, em 1996, com o Canibal Corpse, o Anthrax e o Life of Agony. Uma mistura de diferentes estilos de música que parecem realmente inflamar o público. Sua gasolina é como um jogo.
7. Deixe uma mensagem aos seus fãs brasileiros
R: Como o Misfits viaja pelo mundo, quando as pessoas me perguntam: “Onde você vai fazer o melhor show”, eu sempre digo a América do Sul. Lá tem os maiores fãs e mais intensos para a música punk. É sempre um grande momento voltar para aqueles que realmente apreciam o esforço que fizemos ao longo dos últimos 35 anos com o Misfits!
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