Angra comemora 20 anos do álbum ‘Holy Land’ com uma apresentação cheia de surpresas e convidados especiais

Por: Marcia Ito
Foto: Pepe Brandão/Universodorock
Foto: Pepe Brandão/Universodorock

A banda brasileira Angra comemorou os 20 anos do lendário álbum ‘Holy Land’ no Tom Brasil em São Paulo, no último dia 13 de agosto, com uma apresentação repleta de surpresas e convidados especiais.

Na fila de entrada, antes da abertura da casa de shows, foi nostálgico rever os mesmos fãs que estavam presentes há 20 anos, na turnê original do ‘Holy Land’. Sim, o público, na sua grande maioria com idade superior a 30 anos, compareceu em peso para relembrar as canções que fizeram uma importante parte da história no metal nacional.

Para abrir a noite, Bruno Sutter (Massacration), o eterno Detonator, mostrou que não é só comediante, mas também um excelente músico. “É uma honra o Angra fechar o nosso show”- brincava o vocalista. Em uma certa hora, a caixa do baterista estourou e, enquanto o roadie realizava a troca, Bruno cantou, à capela, “Eagle Fly Free” (Helloween), fazendo a alegria da galera. Sua apresentação terminou com a faixa “Galopeira”, de Chitãozinho e Xororó, saindo muito aplaudido.

Com as cortinas vermelhas fechadas, uma criancinha apareceu na frente do palco, dando Boa Noite e perguntando: “Vocês gostam de Angra?”, anunciando em seguida: “Eu amo o Angra e com vocês: Angra!”

As cortinas então se abriram, revelando a presença de duas baterias no palco, e a banda entrou tocando “Newborn Me” e “Wings of Reality”. Depois foi a vez do líder e membro fundador da banda, o guitarrista Rafael Bittencourt cantar “Waiting Silence”, para então anunciar o início da festa de comemoração dos 20 anos do álbum ‘Holy Land’. Fábio Lione (vocalista) chama ao palco o primeiro convidado especial da noite, o baterista Ricardo Confessori, perguntando em seguida: “Qual o nome da primeira música?”, e todos respondem: “Nothing to Say” e assim, se inicia a sequência das músicas do álbum homenageado, que foi tocado na íntegra.

Foi de arrepiar, a galera toda cantando a baladinha do começo de “Silence and Distance”. Em seguida, os dois bateristas (Bruno Valverde e Ricardo Confessori) e o percussionista Dedé Reis (Carlinhos Brown) fizeram uma percussão antes do início da emblemática “Carolina IV”. Bittencourt diz que a próxima canção trouxe, pela primeira vez, a influencia dos elementos da música brasileira para o heavy metal, a faixa-título “Holy Land”.

Foto: Pepe Brandão/Universodorock
Foto: Pepe Brandão/Universodorock

Felipe Andreoli (baixo) agradece e chama o segundo convidado: “Ele é uma pessoa muito especial, que deixou história na banda: Luis Mariutti.” E todos gritam o apelido do baixista: “Jesus, Jesus!” Discreto, sempre ao fundo do palco, Luis mostrou que continua um mestre do baixo, tocando a sequência das próximas três: “The Shaman”, a emocionante “Make Believe” (com o Rafael no vocal) e “Z.I.T.O.” Mas o público grita querendo saber o que é a sigla Z.I.T.O, e o guitarrista deu uma explicação dizendo que são elementos que aconteceram no sítio, quando compuseram o álbum. Disse que saíram na época várias teorias, que algumas são verdadeiras e outras fantasiosas, mas que nunca ouviu as pessoas dizerem sobre o texto e que a explicação está no texto. E o mistério continua… Depois foi a vez de “Deep Blue” com Rafael Bittencourt e toda a plateia cantando juntos e emocionados.

Lione queria ouvir o Tom Brasil cantar uma música e a ensinou para a plateia repetir. Depois cantou ópera, mostrando toda a sua potência vocal, deixando até o microfone cair ao final.

Com a formação atual de volta ao palco, emendaram com “Final Light” e com, segundo o guitarrista líder, a primeira música escrita pela banda: “Time”. Na sequencia, Fabio diz que fizeram um videoclipe da próxima canção “Storm of Emotions”.

Foto: Pepe Brandão/Universodorock
Foto: Pepe Brandão/Universodorock

Após a pausa, os fãs começam a gritar pelo nome da banda: “Ole, ole, ole, ole, Angra, Angra”. Rafael aparece sentado num banquinho junto com seu violão, vestindo a mesma bata que usou na capa do álbum, dizendo que para completar a comemoração estava faltando a última música do disco: “Lullaby for Lucifer”, que contou com a iluminação dos celulares e isqueiros da plateia. O guitarrista agradece e diz que muitas pessoas especiais estavam ali presentes, mas que havia uma, mais especial de todas: a sua filha, que nunca tinha ido a um show dele por achar muito barulhento. Ele dedica a canção à ela, em homenagem ao dia dos pais: “Silent Call”.

O baterista Bruno Valverde faz o seu solo e Lione fala que a última música é de 2001: “Rebirth”. Porém, quando todos pensavam que o show teria acabado, a banda inicia a “Angels and Demons” e após uma pequena pausa, era a vez de “Nova Era”.

Para encerrar, Lione chama Edu Ardanuy (Dr Sin), Bruno Sutter, Luís Mariutti e Ricardo Confessori e, com todos os membros atuais da banda, fazem juntos uma grande festa tocando o cover “You Really Got Me” do The Kinks.

Termina o espetáculo com todos os músicos se abraçando e confraternizando felizes este show nostálgico que bem executado, mas que não teve a presença de duas pessoas-chave da história do Angra: o guitarrista Kiko Loureiro, que hoje toca no Megadeth e o inigualável vocalista Andre Matos. Assim, restou apenas a esperança de um dia vê-los tocando juntos novamente.

Set List
1.    Newborn Me
2.    Wings of Reality
3.    Waiting Silence
4.    Nothing to Say
5.    Silence and Distance
6.    Carolina IV
7.    The Shaman
8.    Make Believe
9.    Z.I.T.O
10.    Deep Blue
11.    Final Light
12.    Time
13.    Storm of Emotions
14.    Lullaby for Lucifer
15.    Silent Call
Solo Bateria
16.    Rebirth
17.    Angels and Demons
18.    Nova Era
19.    You Really Got Me (The Kings cover)


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