Maze Runner: A Cura Mortal é repleto de ação e traz um final competente para a franquia

Por Flavia Carvalho
Divulgação

Maze Runner: A Cura Mortal é o último filme da franquia Maze Runner, que conta a história de Thomas e seus companheiros em uma jornada para encontrar e resgatar aqueles que foram capturados pela C.R.U.E.L., organização que busca, de forma desumana, encontrar uma cura para o Fulgor, um vírus que ameaça destruir o resto da humanidade. Agora, o protagonista descobre que a situação é muito pior do que ele imaginava e o senso de perigo aumenta a cada momento. A trama começa meses depois dos acontecimentos do segundo filme (Maze Runner: Prova de Fogo) e já na primeira cena, vemos uma sequência de ação de tirar o fôlego e isso diz muito sobre o tom do novo filme que é, com certeza, o mais agitado da franquia.

Uma das coisas que chamam a atenção, logo de cara, são os efeitos especiais e a construção do mundo pós-apocalíptico em que a trama se passa. Os Cranks estão lá, mas dessa vez o filme não peca por exagerar no CGI e deixa-los com cara de zumbis de jogos de videogame, como aconteceu no segundo filme da franquia, aqui, os efeitos são práticos e mais críveis. Falando nisso, a franquia parece ter se redimido pela bagunça visual e cheia de furos de roteiro que foi o segundo filme. Em A Cura Mortal, temos os atos divididos de forma bem clara: A jornada, o embate e a redenção, e tudo isso recheado de ação e drama, que convence e emociona em boa parte do filme – em alguns momentos, dá até vontade de chorar.

As atuações também são pontos positivos, Dylan O’Brien interpreta um Thomas mais motivado a se vingar da C.R.U.E.L e, ao mesmo tempo, confuso e desiludido com todos os acontecimentos. No núcleo dos “vilões”, Aidan Gillen como Jason está sensacional, você sente raiva dele o tempo todo e a Patricia Clarkson traz uma Ava mais humana, você entende as motivações dela. Já a Kaya Scodelario, que interpreta a ambígua Teresa, está mais apagada e traz uma atuação apenas OK, mesmo nos momentos mais dramáticos.

Quem roubou a cena foi o ator Thomas Sangster, que interpreta o amigo fiel e corajoso Newt e é o responsável pelos momentos mais emocionantes do filme, além de ter o arco mais interessante. Outro destaque é a Rosa Salazar, que traz uma Brenda ainda mais forte e determinada, ela é a presença feminina mais imponente do filme. Giancarlo Esposito (Jorge) e Ki Hong Lee (Minho) também estão muito bem no filme.

Como nem tudo é flores, Maze Runner – A Cura Mortal tem um terceiro ato mais longo do que o necessário, e conta com muitas barrigas, o que pode tornar a experiência cansativa. Isso porque o filme tomou a liberdade de mudar algumas coisas que estavam no livro para fazer uma adaptação mais compacta. Ainda assim, era possível enxugar, pelo menos, uns 30 minutos de filme. O longa conta com muita perseguição, embates e um clima de guerra. Dirigido por Wes Ball, o último filme da franquia é muito competente nas cenas de ação e drama e tem um bom desfecho realista.

Maze Runner: A Cura Mortal estreia dia 25 de Janeiro nos cinemas brasileiros.

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