Clima sombrio marca o show do The Sisters of Mercy em São Paulo

Por: Marcia Ito
Foto: Andréia Takaishi/Universodorock
Foto: Andréia Takaishi/Universodorock

A banda britânica The Sisters of Mercy se apresentou mais uma vez em São Paulo. Desta vez, o local escolhido foi o Tom Brasil, na última sexta-feira, 16 de setembro de 2016.

Sem lançar nenhum novo álbum desde 1993, o que os fãs esperavam ouvir eram os grandes clássicos do TSOM e desta vez, não saíram decepcionados. Porém, ver os ídolos se tornou uma tarefa um pouco complicada, já que uma grande quantidade de fumaça invadiu todo o local mesmo antes do show começar. Poucas luzes também faziam parte do cenário, o que deixou um clima sombrio, característico em todas as apresentações da banda.

O espetáculo começou logo com a fantástica More que fez todos pularem de tanta euforia! O vocalista Andrew Eldritch e o guitarrista Chris Catalyst entraram no palco com óculos e roupas escuras para completar a atmosfera gótica, presente no ar. Eles emendaram uma música atrás da outra, quase que sem pausa e sem grandes interações com o público. As próximas foram Ribbons, DoctorJeep/ Detonation Boulevard e Amphetamine Logic, sendo muito aplaudidos no final.

Foto: Andréia Takaishi/Universodorock
Foto: Andréia Takaishi/Universodorock

Andrew pegou um cigarro e cantou Body Electric fumando e já logo nos primeiros acordes, muitos aplausos surgiram no início de Alice, e todos cantaram junto o refrão. O mesmo aconteceu com a clássica No Time to Cry, em que só era possível ver vultos no palco devido a grande neblina e a pouca luz existente, exceto pelas pequenas luzes que saíam da cabine da famosa bateria eletrônica, Doktor Avalanche.

Marian foi muito aplaudida e os riffs das guitarras iniciais anunciavam a próxima: Arms. Porém, era chegada a hora do medley Dominion e Mother Russia, em que o público todo cantou junto. Mãos eram levantadas ao ritmo de Dominion, enquanto Eldritch fumava mais uma vez.

Chris Catalyst interagiu bastante com a plateia com o cover do The Sisterhood, Jihad, indo para a frente do placo, para a alegria dos que estavam nas primeiras fileiras da pista vip. E depois de Valentine, Chris ainda cantou junto com Andrew a maravilhosa Flood II, em que ficou nítido o uso de playback.

Foto: Andréia Takaishi/Universodorock
Foto: Andréia Takaishi/Universodorock

Eles saíram do palco e voltaram pouco tempo depois, após os gritos do Tom Brasil para tocar Something Fast e os clássicos Lucretia My Reflection, que fez a galera toda pular no refrão, e Vision Thing, que deixou as pessoas ainda mais felizes com a sua execução.

Para o segundo Bis, tocaram First and Last and Always e Temple of Love em que foi possível ver a pista toda dançar, como se as pessoas estivessem no Madame Satã (uma balada de São Paulo que toca músicas do mesmo estilo). Foi quando o vocalista falou pela primeira e última vez “Good Evening” (Boa noite) para a plateia e encerrou com This Corrosion, em que parecia reger os presentes. As luzes finalmente se acenderam, as pessoas aplaudiram, os músicos se abraçaram agradecendo e assim terminou esta noite fria de sexta-feira.

Bem, assistir a um show do The Sisters of Mercy é sempre uma viagem aos anos 80, mas claro que para o repertório fosse perfeito, poderiam ter tocado “Walk Way”, “Some Kind of Stranger” e “Nine While Nine”. Enfim, estas ficarão para a próxima, já que os fãs sempre querem MORE!!!

Set List
1.    More
2.    Ribbons
3.    Doctor Jeep / Detonation Boulevard
4.    Amphetamine Logic
5.    Body Electric
6.    Alice
7.    Crash and Burn
8.    No Time to Cry
9.    Marian
10.    Arms
11.    Dominion/Mother Russia
12.    Summer
13.    Jihad (The Sisterhood cover)
14.    Valentine
15.    Flood II
Bis
16.    Something Fast
17.    Lucretia My Reflection
18.    Vision Thing
Bis 2:
19.    First and Last and Always
20.    Temple of Love
21.    This Corrosion


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