Confira os lançamentos selecionados de outubro 2025 – Parte 1

Vøvk – Foto: Dmytro Khytryi

A coluna Lançamentos é uma nova área dentro do site, na qual a curadoria da equipe selecionará através de critérios técnicos e artísticos diversas bandas e artistas que se destacaram com suas músicas, contemplando uma variedade de gêneros para todos os gostos. Vale ressaltar que algumas canções foram lançadas anteriormente, mas a análise foi feita este ano. Todas as faixas farão parte da nossa Playlist do Spotify (veja a de 2025 aqui, a de 2024 aqui). Confira agora as recomendações da primeira parte de outubro!


Vøvk: Com um belíssimo tema de guitarra limpa como introdução, trabalhado em conjunto com a harmonia do baixo e uma bateria encaixada suavemente dando o ritmo necessário, “Promin” é uma excelente canção de prog metal moderno e influências de indie; em seus quase 8min de duração nos presenteia com várias passagens distintas que enaltecem a qualidade técnica e criatividade da banda. Já “Mur” segue um caminho que flerta com doom/gothic metal dos anos 90, escolhendo timbres com maestria em seção rítmica bem estruturada e um videoclipe artístico que complementa a rica sonoridade. Pra concluir, demonstrando a clara versatilidade do power trio, “Iskra” se arrisca com um post-grunge que junta elementos eletrônicos com uma timbragem ríspida do baixo, bateria poderosa e um vocal competente. Grande destaque desta edição!


The Infamists – Lonestar Woes: A sonoridade hard/classic rock anos 90 se encontra com uma pegada rock’n’roll de uma banda de garagem, bons arranjos e guitarra proeminente bem trabalhada, além de vocais (apesar de esporádicos) encaixados como uma luva.


Ruby Bones – Really Good Time: O título desta faixa é de fato evocado pela escolha harmônica instrumental, melodias de fácil assimilação, linha vocal cativante em seu indie rock com sonoridade dos anos 2000, videoclipe bem humorado e uma atmosfera bem “pra cima”.


Sergey Khomenko – Ballad of the Brave: Composição instrumental com uma vibe de filme de ação/suspense, bom uso de timbres, especialmente do sintetizador de teclado, tendo um resultado final satisfatório.


World Without Humans: A canção “Whispers of Time” entoa um pop beat psicodélico com uma pegada prog rock, boas ideias nos arranjos, mudanças de ritmo criativas e uma excelente linha de baixo. Já em “The Last Venetian”, a sonoridade é bem distinta, um blues/country rock que ganha um peso graças ao vocal poderoso (que lembra Jørn Lande), harmonia simples e efetiva.


Symphress – Strigăt: A banda romena explora nuances do metal sinfônico moderno em uma balada que tem letras cantadas na linguagem nativa, trabalhando em passagens que percorrem uma longa jornada, ainda que com escalas simples e poucas notas, buscando uma marcação maior nas melodias, o que funciona bem na proposta.


Jackson Hewitt – Protest Song: Um metal alternativo com influências de punk, tendo uma boa execução instrumental e vocal; riff inspirado e bem produzido, sem firulas e direto ao ponto.


Tomo Vertigo – Amazonia: A banda aposta em um som difícil de se ouvir hoje em dia com seu criativo prog metal neoclássico, trabalhando em arranjos virtuosos que buscam conectar as seções distintas com mudanças entre guitarra elétrica e acústica, tendo como pano de fundo o teclado, que são acompanhadas igualmente pela boa interpretação do vocalista e backing vocals.


Mindy Jackson – Frenemy: A mescla de nu metal, gótico e elementos eletrônicos, somado a um videoclipe profissional, demonstram uma clara influência de Evanescence e Lacuna Coil; ótima performance vocal e um instrumental conciso.


Serena – Mais Um Dia: Rock alternativo brasileiro de alta qualidade, mesclando elementos de diversos outros gêneros de maneira eficiente, tendo um apelo mais comercial sem afetar a musicalidade, linha de guitarra com timbre pesado se encaixando na estrutura como um todo e gerando um flavor a mais pra canção.


Oïkoumen – Enchanted Worlds: Tendo as raízes em bandas como After Forever, Epica e Nightwish, ainda que demonstrando uma identidade particular, a canção tem uma base de guitarra mais elaborada, vocais impactantes, bateria inspirada e uma progressão rítmica que desperta a atenção.


Free Selection – Summer Rain: Com seus 12 minutos de duração, a canção de art/pop rock e progressivo consegue percorrer diversos caminhos musicais, quase como se fossem várias ideias recortadas para juntar em um tecido, não à toa tendo como influência o Dream Theater, tendo uma linha vocal diferente do esperado e que pode surpreender o ouvinte.


Earthquakes & Thunder – Lead Us: O post-grunge e punk voltaram com força nesta canção que mantém uma sonoridade dos anos 90, enquanto explora facetas modernas, ousando em melodias vocais cruas, às vezes rasgadas estilo Chris Cornell (nas devidas proporções), timbre de guitarra asselvajado, quase que nostálgica.


Lucas Barbosa – O Verbo: A música gospel bem trabalhada é sempre um espetáculo sonoro; letras sinceras, não só pelo aspecto religioso, e sim a entrega do artista de corpo e alma, bem visível na performance vocal e escolha de harmonias pop rock, no intuito de ser mais acessível para o público geral, o que amplia a entrega da mensagem, que é o objetivo final.


Jesus Chrysler Supercar – Kamikaze: Descrita como uma canção com guitarras rugindo e bateria pulsante ecoando como motores a todo vapor, capturando a intensidade surreal da missão final de um piloto; mantendo uma dinâmica interessante em seus rápidos três minutos de duração, ritmo intenso ainda que cadenciado, o riff é o alicerce da poderosa base e vocais resilientes.


Lucifer Star Machine – I Wanted Everything: Se você é fã de punk rock dos anos 90 com influência de ska, estilo um pouco mais brando de Misfits, vai adorar esta canção que acerta em cheio nas harmonias e um refrão cativante, dificilmente resistindo à vontade de cantar junto.


Anton Puris – Deadly Samba: O power metal melódico com algum uso de percussão do samba (sim, isso mesmo) tem como base uma ideia interessante, sendo amparado pelo videoclipe que, apesar de ser criado em IA, é divertido.


Dean Cooper – Keep on Rocking: Um verdadeiro resgate do som oitentista de bandas icônicas como Kiss, Van Halen e até mesmo Bon Jovi na fase mais pesada, mantendo a essência em todos os aspectos possíveis, seja pelo instrumental coeso, seja pelo vocal competente, apresentando um resultado final bem interessante.


Midjungards – From Slaves to Kings: Ainda se fazem boas músicas de viking metal raiz hoje em dia, e a canção desta banda finlandesa é a prova disso. Apesar de não oferecer nada de novo dentro do gênero, há uma sonoridade acertiva e sem frescuras que remete com sucesso ao clima de batalha nórdica, utilizando power chords e poucas notas na guitarra, bateria crua e um vocal rasgado, deixando a técnica de lado e abraçando a simplicidade.


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