Por: Carolina Morais
Perfeccionismo, representatividade, letras cheias de atitude e um histórico musical altamente solido e invejável, essa basicamente é a descrição do Darkthrone, o duo Norueguês mais conhecido na historia do metal extremo.
30 anos de carreira recheados de rebeldia, com álbuns que transpassam por diversos sub gêneros (desde o Black Metal ao próprio Metalpunk) sem perder a originalidade realmente não é para qualquer um, talvez essa seja uma das formulas que mais atraem admiradores para o trabalho de Fenriz e Nocturno Culto, membros da banda desde os primórdios de 87’s.
A banda se inicio primeiramente no Death Metal e junto a isso lançou o primeiro álbum de sua trajetória musical em 1991, “Soulside Journey”, porém eles só ganharam devido reconhecimento na cena da Norueguesa após migrarem para o Black Metal e lançarem o primeiro álbum dedicado ao gênero, “A Blaze In The Northern Sky” (1992), e compassadamente se tornaram uma das bandas percursoras do movimento no país.
Entre diversas fases o Darkthrone sempre manteve um nível altíssimo de qualidade, o que os torna uma banda extremamente concreta em diversos quesitos, e esse nível exacerbado atraiu um devido respeito de diversas bandas e cenas de outros países, que até hoje os utilizam como influencia, tanto em atitude, opiniões e na sua própria atmosfera cheia de mutações.
Em torno de diversas mudanças, fases e gêneros diferenciados o álbum Arctic Thunder produzido nesse ano de 2016 veio para resgatar todo histórico primitivo de sua sonoridade. Ele é uma mistura notória de toda carreira inicial da banda, que conta com influencias do Panzerfaust (álbum de 1995), Total Death (álbum de 1996) e até mesmo da banda Celtic Frost. O riffs produzidos são uma mistura de diversos estilos (Heavy, Black e Doom) que se completam sem deixar qualquer lacuna, o que apenas agrega mais valor para o jeito Darkthrone/Metal Norueguês de ser.
O lançamento do álbum estava previsto oficialmente para o dia 14 de Outubro, porém ele acabou sendo vazado antes do planejado.
Destaque para as faixas:
• Tundra Leach:
Intro bastante solida que basicamente representa-se como um portal para sentimos toda a atmosfera presente no álbum.
• Burial Bliss:
A faixa possui riffs bastante rápidos e compassados, o que a torna muito semelhante a linha do ultimo trabalho da banda, The Underground Resistance (álbum de 2013).
• Boreal Fiends:
Uma das faixas mais calmas e de teor profundo do disco, possui riffs bastante marcantes, que por sinal é uma das características mais presentes do Darkthrone em todas as fases.
• Arctic Thunder:
Faixa que carrega consigo o título do álbum, e possui uma das vibes mais agressivas de todo disco.
Darkthrone felizmente não é uma banda comum de metal, e o seu histórico de carreira vem traduzindo e comprovando isso cada vez mais para o publico, todos os seus trabalhos possuem uma característica única e original que consegue transmitir seu respectivo espirito para os ouvintes, sejam eles na vibe Metalpunk, Death Metal ou Black Metal. Ter 30 anos no metal não é fácil, ser uma banda de metal com influencia e carreira musical abrangente não é fácil, e eles conseguem fazer isso de uma maneira incrível que para muitos de fora pode até parecer simples. Metal é muito mais do que apenas música, e em minha opinião como fã de carteirinha desse duo é que eles conseguem descrever isso melhor do que ninguém. Arctic Thunder é a prova de que o verdadeiro espirito do metal norueguês está mais vivo do que nunca.
Tracklist:
1. Tundra Leech
2. Burial Bliss
3. Boreal Fiends
4. Inbred Vermin
5. Arctic Thunder
6. Throw Me Through the Marshes
7. Deep Lake Tresspass
8. The Wyoming Distance
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