Echo & The Bunnymen fez um show curto e cheio de problemas técnicos na Fundição Progresso

Por: Paulo Schwinn

‘Com problemas no som e apatia na platéia, banda inglesa só é salva pela força de seus clássicos em show curto’.

Fotos: Marcello Sá Barreto/Agnews
Fotos: Marcello Sá Barreto/Agnews

Por volta das 22:40hs, menos de uma hora antes do horário previsto para o início da apresentação (23:30hs), parecia que o local ficaria vazio. Não ficou, mas a presença infelizmente foi pequena. Esse show teria sido mais aconchegante e coeso no Circo Voador, onde funcionaria melhor. Para aquecer, o DJ Edinho mandou uma sequência matadora de clássicos de rock, punk e pós-punk dos anos 70 e 80, tentando calibrar a energia do pequeno público presente, sem obter muito sucesso.

Às 23:45hs, ainda com os protocolares avisos sobre o funcionamento da casa ecoando pelo sistema de som, Ian McCulloch e Will Sargeant, os únicos remanescentes da formação clássica da banda nos anos 80, acompanhados de quatro jovens músicos ingleses, sobem ao palco para mandar a primeira da noite, ‘Meteorites’, faixa-título do mais recente álbum, lançado em 2014.

O público acompanhou praticamente em silêncio, talvez ainda supreso pela confusa entrada da banda em cena. Em ‘Rescue’, de ‘Crocodiles’, álbum de estréia do grupo, o público não explodiu, estava apático no geral, com exceção da turma da frente, essa sim animada e querendo música. Por conta de problemas no retorno e no som, um pouco embolado e com a guitarra de Will não soando tão limpa e cristalina como deveria, Ian chamou várias vezes o assistente de palco da banda para falar das falhas. Isso deixou o começo do show um tanto tenso, atrapalhando a performance, especialmente de Ian, que se dividia entre cantar, falar com o público, apesar de não se entender quase nada do que ele falava, e dar broncas no coitado do técnico de som/assistente de palco.

Em ‘Do It Clean’, Ian quase para a apresentação, mas a música segue trôpega, quase em clima de ensaio, o que estragou um dos melhores números ao vivo da banda desde os seus primórdios. ‘People Are Strange’, dos Doors, foi o único cover a aparecer no setlist, em outro momento que não empolgou.

Fotos: Marcello Sá Barreto/Agnews
Fotos: Marcello Sá Barreto/Agnews

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