Por: Daniela Baroni
Depois de 4 anos sem se apresentar no Brasil, o fenômeno pop rock Maroon 5 volta a São Paulo com a sua turnê do álbum “V” e reúne aproximadamente 45 mil fãs na noite da última quinta-feira (17), no Allianz Parque, zona oeste da capital paulista.
O público ainda entrava na casa quando a banda emo Dashboard Confessional subiu ao palco para abrir a noite. Consciente de que fazia um show de abertura em um estádio (a banda normalmente se apresenta em casas menores) e de que aquele público dificilmente conheceria suas músicas, o líder e vocalista Chris Carrabba conversou bastante com o público, com um leque impressionante de expressões em português, e ensinou trechos de algumas de suas músicas, sendo muito bem recebido. Quem estava lá para ver Carrabba cantar os hinos da cena emo dos anos 2000 também não saiu decepcionado, já que músicas como “Vindicated”, “Stolen” e “Hands Down” foram cantadas com paixão suficiente para emocionar os poucos fãs que estavam na arena.
Às 21:30, com pontualidade britânica, as luzes se apagaram e o Maroon 5 veio ao palco em meio aos gritos histéricos da plateia. Começando o show com “Animals”, single do álbum “V”, e com um jogo de luzes e telões invejável, o líder e vocalista Adam Levine seguiu com mais 5 músicas até enfim falar com o público, agradecer a presença de todos e pedir desculpas por não saber falar português.
Embora seja um grupo relativamente recente, com 5 álbuns de estúdio, Maroon 5 é conhecido por ter um grande número de singles e, portanto, não havia uma ou duas músicas mais preferidas; todas eram as mais esperadas. Sucessos como “This Love”, “Wake Up Call”, “One More Night” e “Maps” mostraram uma distribuição equilibrada entre quase todos os álbuns, só deixando de fora o “Hands All Over” de 2010, que infelizmente fez falta.
Antes de sair do palco pela primeira vez, o grupo inicia “Daylight” (Overexposed) e Levine pede que o público cante o refrão com ele, o que todos fizeram sem pestanejar, formando um coro de fazer o chão da arena tremer e proporcionando a si mesmos um dos melhores momentos da noite.
Levine voltou do encore com James Valentine segurando um violão e cantou “Lost Stars”, trilha do filme “Se nada der Certo”, seguido de “She Will Be Loved”, que tirou lágrimas de diversas fãs. Com a volta do resto da banda, o show retomou o ritmo com “Move Like Jagger” e então se encerrou com “Sugar”.
Em geral, a banda se mostrou muito simpática e brincalhona, especialmente o guitarrista James Valentine, que interagia com a plateia sempre que podia; mas é claro que Adam Levine rouba a cena durante todo o show. Levine prova que sabe fazer show em estádios e grandes arenas, já que usa todo o palco, se mexe bastante e aproveita os telões para proporcionar uma experiência boa tanto para quem está na grade da área VIP como para quem está no fundo da arquibancada superior. Vê-se claramente que o vocalista está ciente do efeito que causa em suas fãs e não perde a oportunidade de se aproveitar disso quando pode, seja tirando a camisa ou rebolando, o que, é claro, causava uma histeria quase que assustadora por toda a arena.
Todos enfrentaram trânsito para chegar, encararam o tumulto para entrar, gritaram, passaram calor, e mais outro tumulto para sair, mas com certeza saíram satisfeitos do Allianz Parque. Agora, é só esperar para que o Maroon 5 não demore mais 4 anos para voltar ao Brasil.
Set List
1. Animals
2. One More Night
3. Stereo Hearts (Gym Class Heroes cover)
4. Harder to Breathe
5. Lucky Strike
6. Wake Up Call
7. Love Somebody
8. Maps
9. This Love
10. Sunday Morning
11. Payphone
12. Daylight Encore:
13. Lost Stars
14. She Will Be Loved
15. Moves Like Jagger
16. Sugar
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