Nirvana: Taking Punk to the Masses – a exposição de sucesso chega a São Paulo

Por: Flávia Carvalho
Foto: Flavia Carvalho/UDR

Quando foi anunciado que chegaria ao Brasil uma exposição sobre o Nirvana, que conta com mais de 200 itens e objetos que ajudam a contar a história da banda, desde sua origem, fotos, vídeos, depoimentos, instrumentos (alguns quebrados), objetos pessoais dos integrantes, entre outros, a reação dos fãs não pôde ser outra além de entusiasmo e muita expectativa.

Nirvana: Taking Punk to the Masses é uma exposição originalmente criada em Seattle, com curadoria do americano Jacob McCurray e organização do Museu de Cultura Pop (o MoPOP), onde permaneceu por mais de 6 anos e, agora, foi trazida ao Brasil, para a alegria dos fãs. A primeira cidade a receber a exposição foi o Rio de Janeiro, onde ficou por 2 meses. Você pode ver aqui como foi. Já para os paulistanos, a espera foi um pouco maior e, somente neste dia 12 de setembro, a exposição Nirvana: Taking Punk to the Masses foi trazida a São Paulo, onde deve permanecer até 12 de dezembro, totalizando 3 meses.

Pouco antes do início da exposição, houve uma coletiva de imprensa que contou com a presença do curador Jacob McCurray e da Andréa Mello, Diretora De Marketing Corporativo e de Consumer Electronics da Samsung Brasil. Andréa contou que por meio dessa parceria da Samsung, com o Ministério da Cultura e com a Dançar Marketing, foi possível trazer essa exposição para o Brasil. A diretora de marketing exaltou, ainda, algumas das outras iniciativas do projeto Samsung Rock Exhibition, como a apresentação do guitarrista Joe Satriani, que aconteceu este ano, gratuitamente, no Parque do Ibirapuera.

Jacob contou que é fã da cultura musical brasileira, portanto, trazer essa exposição para o Brasil e poder mostrar um pouco da cultura na qual ele foi criado é algo que o deixa muito feliz. Indagado se chegou a conhecer Kurt Cobain e se já foi a algum show do Nirvana, Jacob respondeu que não chegou a conhecer a banda, em sua época de atividade, mas foi a um show do Nirvana e “não gostou muito”, porque não era exatamente algo que o agradava na época. O curador prosseguiu dizendo que sua paixão pela banda foi algo que aconteceu depois de um tempo.

O curador comentou que foi delicado o processo de curadoria do projeto, principalmente pelo fato de tentar juntar objetos e histórias que agradassem não só ao público de fora, mas aos moradores de Seattle, uma vez que muitas das pessoas que chegaram a conhecer de perto a banda ainda estão vivas e moram lá. Descrever e contar um pouco sobre o Nirvana, tornou-se um desafio, já que agradar a essas pessoas podia ser mais difícil, por ser um público mais crítico.

Jacob comentou que, apesar disso, foi interessante juntar os itens para essa exibição e, por vezes, foi até complicado “enxugar” o número de peças porque eram muitas disponíveis, e que chegou a coletar mais de 500 itens, e disse que tinha gente que chegava a ligar e dizer que tinha o micro-ondas do Kurt e da Courtney (cantora e viúva de Kurt Cobain) e perguntava se ele queria exibir. O que seria diferente no caso de uma exposição sobre o Jimmy Hendrix, o Elvis Presley ou os Beatles, porque talvez não fosse tão fácil achar material. Já o Nirvana, segundo ele, “está em todo lugar”.

Além disso, o curador foi questionado se a Courtney chegou a participar ou aprovar a iniciativa, e respondeu que tanto a viúva, quanto a Frances (filha do casal) tiveram sim envolvimento com a curadoria, mas que não chegaram a opinar muito no processo. “O que foi bom”, brincou.

Quando questionado sobre o motivo de Krist Novoselic (ex baixista da banda) não ter vindo ao Brasil, conforme comentário do curador, pouco antes de trazer a exibição para cá, Jacob respondeu que é meio difícil conseguir se comunicar com o baixista, porque ele está focado em outros projetos, como a sua atual banda Giants in the Trees, mas garantiu que ele foi peça fundamental para o projeto e que sua participação mudou o rumo da exibição para melhor.

Ao final da coletiva, o simpático curador levou a imprensa para uma visita guiada, onde apresentou alguns de seus itens favoritos da exibição, como por exemplo a guitarra quebrada de Kurt Cobain, onde ele contou que o que mais gosta dessa história é o fato de Kurt não ter dinheiro para comprar uma nova, porque eles ainda não faziam tanto sucesso na época, mas mesmo assim ele simplesmente a quebrou. A capa do álbum Bleach, por conta da sua cor e saturação.

O primeiro contrato que a banda assinou e recebeu apenas 600 dólares, aproximadamente, como adiantamento, curiosidade que o Jacob contou em tom descontraído. Ou, ainda, uma carta que o Kirk Hammett (guitarrista do Metallica) enviou, elogiando a brincando que o Lars Ulrich (baterista do Metallica), não gostava deles. Além dessas peças e curiosidades, a exposição conta com muita coisa interessante, como instrumentos usados pela banda, como a bateria do Dave Grohl (ex baterista do Nirvana e atual vocalista do Foo Fighters) roupas e peças pessoais dos integrantes, álbuns que foram grandes referências para o Nirvana (que o público pode ouvir por meio de um headphone).

Também foi recriado, e muito bem, o ambiente do Nirvana – MTV Unplugged. Além disso, existem áreas interativas para que o público possa sentir uma imersão na história da banda. Outro ponto forte, que atraiu bastante a atenção dos visitantes, foi a área que imita a capa do Nevermind e permite, ao público, tirar fotos iguais à do famoso bebê da icônica capa – OK, talvez nem tão iguais assim. Além disso, existe uma cabine interativa, onde os fãs podem escolher sua música favorita do Nirvana e “gravar” um clipe.

Ao fim da visita, é impossível não sentir uma sensação de gratidão por conseguir chegar mais perto da história de uma das bandas mais icônicas que já existiram. O ponto alto dessa exibição talvez seja o fato de permitir ao pública uma imersão à história do Nirvana, com bastante interatividade. Sem dúvidas, Nirvana: Taking Punk to the Masses é uma exposição que vale a pena e deve ser visitada, pelo menos, uma vez.

VEJA GALERIA DE FOTOS DA EXPOSIÇÃO:

Fotos: Flávia Carvalho/UDR

SERVIÇO:
Samsung Rock Exhibition “Nirvana: Taking Punk to the Masses”
Lounge Bienal (acesso pelo Portão 3 do Parque do Ibirapuera)
Endereço: Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n, Ibirapuera, São Paulo, SP
Período: de 12 de setembro a 12 de dezembro de 2017
Horários de visitação: Terças às sextas-feiras: 10h às 18h;
Sábados, domingos e feriados: das 10h às 19h
Ingressos:
R$25,00 de terça a quinta-feira (R$12,50 meia entrada)
R$35,00 de sexta a domingo (R$17,50 meia entrada)
Bilheteria no local;
Ou Site (AQUI)
Classificação: 16 anos

Be the first to comment

Leave a Reply

Your email address will not be published.


*