Three Days Grace leva fãs à loucura no Circo Voador

Por: Danielle Barbosa

Foto: Ana Clara Carvalho/UDR
Foto: Ana Clara Carvalho/UDR

Quinta-feira (26/03) de muito rock ‘n roll no Rio de Janeiro. Essa era a premissa da noite. E a conclusão não poderia ter sido mais positiva: o Circo Voador virou um minicaldeirão!

O Three Days Grace, banda de metal/rock alternativo de Toronto, no Canadá, se apresentou no Rio de Janeiro, em uma casa de shows na região Central do Rio de Janeiro – na última quinta-feira (26), três dias antes de sua performance no Lollapalooza.

O local, claro, muito mais acanhado e a quantidade de pessoas infinitas vezes menor que a de um festival. A atmosfera, sintonia e interação que houve entre fãs e banda, no entanto, não ficou devendo em nada para a de um show de grandes proporções.

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Esta foi a segunda passagem dos canadenses pelo Brasil – que estiveram aqui anteriormente em 2004. A primeira, porém, após a saída do vocalista Adam Gontier em 2013 e a inclusão de Matt Walst (irmão do baixista da banda) como frontman oficial do grupo. Isso pode ter gerado dúvidas e ter criado incertezas na cabeça de muitos – talvez não daqueles mais apaixonados. Será que vão tocar as músicas dos discos antigos? Será que a energia vai ser aquela que caracteriza o Three Days Grace? Poucos minutos de espetáculo e uma resposta sonora: Sim, sim e sim!

Pontualmente às 22h, Matt Walst (vocal/guitarra), Barry Stock (guitarra), Neil Sanderson(bateria/backing vocal), Dani Rosenoer (teclados) e Brad Walst (baixo/backing vocal) subiram ao palco com “I Am Machine”, transformando a energia do ambiente em um verdadeiro show de rock desde o início. Aplausos, pulos e berros de “Three Days Grace!” aclamando a banda vieram na sequência com o single “Pain”, um dos maiores sucessos do quarteto de seu segundo álbum de estúdio, “One-X”.

A empolgação e presença de palco de Matt impressionaram. O cantor fez questão de conversar com a plateia em praticamente todas as pausas – ainda que fosse para introduzir a próxima canção – e chamar para que participassem ativamente do show. O vocalista se sentiu à vontade, inclusive, para fazer brincadeiras e comentar o calor que estava fazendo na cidade. “Esse lugar é muito quente. Nós somos do Canadá, lá é muito frio!”, disse Matt pouco antes de trocar o figurino que subira ao palco por uma camisa preta simples e sem mangas.

Brincadeiras à parte, o líder do Three Days Grace não poupou esforços para agradar o público e mostrou uma empatia muito grande com o país. Teve bandeira do Brasil sendo erguida, mosh durante uma das músicas, high-five nos fãs mais fieis e incansáveis (sempre colados na grade) e elogios à cidade. “Esse lugar é lindo!”. Já ganhou o público fácil, né?

Foto: Ana Clara Carvalho/UDR
Foto: Ana Clara Carvalho/UDR

Os fãs pareceram curtir cada segundo da apresentação, que durou cerca de 1h30 e contou com uma setlist bastante variada de 17 músicas. A listagem passeou por todos os discos gravados pela banda e mesclou sons novos do recente álbum “Human” – com lançamento previsto para 31 de março – e canções populares e que consagraram a banda como “I Hate Everything About You”, “The Good Life”, “Never Too Late”, “Home” e “Animal I Have Become”.

Em “I Hate Everything About You”, primeiro single de grande sucesso do Three Days Grace, Matt deixou a plateia ser o sexto membro da banda e cantar, aos berros, as frases que comandam o enredo e refrão da música. “I hate everything about you… Why do I love you?”

A histeria e dedicação dos fãs foi, sem dúvidas, um dos ingredientes que mais contribuíram pra energia incrível que tomou conta do Circo Voador: cada fã presente tinha na ponta da língua todos os sucessos da banda (e muitos também acompanharam os canadenses nas musicais do trabalho atual) e uma animação de dar inveja em muito show por aí… Como bem disse Matt no meio da apresentação, “And they said Rock ‘N Roll is dead, f*ck that!” – “E eles disseram que o Rock está morto, que se dane!”. Porque não é preciso de cenários exuberantes pra que o show seja bom e significativo pra quem participa dele, certo?!

Nota do(a) redator(a):
Apesar da maior parte dos créditos sempre ir para o vocalista da banda, é preciso dar os devidos cumprimentos ao restante da banda, que manteve o nível e qualidade do som por toda a noite. Um destaque especial para o baterista Neil Sanderson, que agitou o público com um belo solo de bateria durante um dos intervalos.

Setlist:

1. I Am Machine
2. Pain
3. Break
4. So What
5. Just Like You
6. Chalk Outline
7. Human Race
8. Animal I Have Become + Drum Solo
9. Painkiller
10. Fallen Angel
11. Home
12. Never Too Late
13. The Good Life
14. I Hate Everything About You
15. The Real You
16. Break Stuff
17. Riot

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