Por Fla Carvalho
Foi com um merecido sold out que a banda se despediu de São Paulo com a turnê derradeira Final World Tour
O Slayer, que tem 38 anos de carreira, está em turnê de despedida – chegou a hora de deixar os palcos – mas não antes de fazer uma celebração por onde passa. O resultado? Marmanjos com olhos suando – cabe a cada um interpretar como bem entender.
Banda de abertura
A banda paulistana de death/trash metal Claustrofobia foi a responsável por abrir a noite. Com um metal muito bem executado cumpriram o papel de esquentar o público – não que fosse muito necessário, pois a noite já estava quente. Já no início do show, Marcus D’angelo, vocalista da banda, pediu para o público “abrir a roda”, quebrando a regra de que seria proibido fazer mosh pit e stage diving durante os shows da noite – regra essa que havia sido imposta pela produtora um dia antes do show e que, obviamente, não seria seguida – convenhamos.
Hora da despedida
Depois do esquenta, finalmente era hora. Chega a ser engraçado lembrar o clima de ansiedade e tristeza dos fãs. Aquela seria – aqui vem vários asteriscos, pois nunca se sabe – a última vez em que o Slayer tocaria em solo paulistano.
O show do Slayer começou pontualmente às 21h45, quando um pano que cobria o palco inteiro caiu, e a banda, composta por Tom Araya (vocal/baixo), Kerry King (guitarra), Paul Bostaph (bateria) e Gary Holt (guitarra), subiu ao palco para iniciar o show com “Repentless”, do álbum homônimo, lançado em 2015. “Evil Has no Boundaries”, “World Painted Blood”, “Postmortem” e “Hate Worldwide” vieram em sequência, praticamente sem pausa.
Dali em diante, é difícil até traduzir em palavras a energia do show. Era gente pulando, chorando, entrando em fazendo mosh, saindo encharcada de suor e, às vezes, desnorteada e acompanhada de bombeiros – acontece.
Só depois disso, e de forma bem breve, Tom Araya deu oi aos fãs, com um “E aí, porra” – bastou. Não é necessário fazer discursos longos para agradar ninguém. O que os fãs queriam era aproveitar o máximo que podiam daquela noite derradeira. E foi isso que a banda proporcionou, cada música veio como uma pancada, agressiva e brutal, mas que de certa forma servia de conforto.
O show, que já começou enérgico, seguiu de modo crescente. Os destaques ficaram para o final da celebração: “Hell Awaits”, “South of Heaven”, “Raining Blood” e “Black Magic” – vieram em sequência e fez o público enlouquecer – não tinha como ser diferente. “Angel of Death” fechou o show, que durou em torno de uma hora e meia. Depois dessa aula de como encerrar uma carreira em alta, Araya se despediu dizendo que sentirá saudades. É seguro dizer que nós também.
Vale lembrar que esse não é o último show do Slayer aqui no Brasil. A banda tocará nesta sexta (04), no Rock in Rio. E, obviamente, o Universo do Rock estará lá. Fiquem antenados!
SETLIST SLAYER EM SÃO PAULO
1 – Repentless
2 – Evil Has No Boundaries
3 – World Painted Blood
4 – Postmortem
5 – Hate Worldwide
6 – War Ensemble
7 – Gemini
8 – Disciple
9 – Mandatory Suicide
10 – Chemical Warfare
11 – Payback
12 – Temptation
13 – Born of Fire
14 – Seasons in the Abyss
15 – Hell Awaits
16 – South of Heaven
17 – Raining Blood
18 – Black Magic
19 – Dead Skin Mask
20 – Angel of Death
Confira a galeria de fotos do show:
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