Por: Danielle Barbosa
Astro norte-americao apresentou clássicos de mais de 30 anos de carreira.
Que Jon Bon Jovi é um dos musos dos anos 80, não há discussão. Por onde passa, o músico de 55 anos arrasta multidões enlouquecidas e fãs extremamente apaixonadas e fieis. Esta afirmação é tão verdadeira que na última sexta-feira, 22, a Cidade do Rock ficou tomada por camisas, bandanas e outros acessórios que remetessem à banda de hard-rock de Nova Jérsei. Tanto que as performances do Tears for Fears e Alter Bridge, que antecederam o Bon Jovi – headliner da noite – não foram tão engajadas assim. A maioria do público, que lotou o espaço, estava ali em função deles.
Logo que subiu ao palco, com “This House Is Not for Sale”, emendada com “Raise Your Hands” e “Knockout”, o cantor fez as pessoas irem à loucura com apenas sorrisos e acenos – sem interações verbais até então. As meninas, no geral, não conseguiam tirar os olhos do palco ou parar de suspirar. O lado negativo, no entanto, ficou por conta do som, que soava meio baixo dos locais mais distanciados da grade. Isso trouxe a atmosfera do show lá pra baixo e demorou para que engatasse numa crescente com relação à empolgação.
Lamentações à parte, Jon se esforçou para envolver as pessoas na apresentação, fosse pedindo para que elas batessem palmas em certas partes das canções, contando pequenas histórias ou jogando refrões inteiros para a plateia, que não decepcionou, como era previsto. “Vocês estão comigo?”, ele perguntou e recebeu uma resposta positiva em seguida. Em “You Give Love a Bad Name”, os versos finais foram todos a capella dos fãs – deu super certo! Os ápices balancearam o show, que teve momentos mais mornos. O próprio músico, no começo, pouco se movimentou pelo palco e permaneceu estático em frente ao microfone na sequência de “Born to Be My Baby”, “Lost Highway”, “Because We Can”, “I’ll Sleep When I’m Dead” e “Runaway”. Os fãs mais ávidos até ensaiaram coros isolados e acompanharam o cantor, mas não foram músicas que estouraram na Cidade do Rock.
“Eu voltei para o Rock in Rio só por um motivo. Eu gosto de ouvir os brasileiros gritarem!”, instigou, na tentativa de transformar a atmosfera, que oscilou e transitou por altos e baixos nas quase 2h de show. A música mais romântica da noite, “Bed of Roses”, aproximou os casais e proporcionou as cenas mais bonitas da noite, com vários abraços, beijos e juras de amor. Ah, o amor! Ele estava presente tanto na plateia quanto em cima do palco. O vocalista, em todos os contatos que fez, foi bastante carinhoso, galanteador e charmoso – o que não é novidade, né? Afinal, essa é uma das estratégias que mais usa para fazer as meninas caírem de amores por ele.
Com “It’s My Life”, “Keep the Faith”, “Wanted Dead or Alive” e “Bad Medicine” já no trecho final pré-encore, o Bon Jovi, enfim, pôs o público no clima definitivamente e a história foi outra: hits cantados em alto e bom tom por milhares de pessoas, à plenos pulmões. “Livin’ on a Prayer”, já no bis, encerrou da melhor forma possível, deixando o gosto de ‘quero mais’ no público e evidenciando categoricamente que o retorno do norte-americano ao Rock in Rio (a última performance havia sido em 2013) foi melhor do que na edição retrasada e empolgou mais – apesar de tudo. Para um artista que muitos da crítica apontavam como não sendo uma boa escolha para o lineup desse ano, goste ou não goste do som deles – a Cidade do Rock lotada provou que o Bon Jovi ainda é uma banda de sucesso e de lotar grandes arenas.
2. Raise Your Hands
3. Knockout
4. You Give Love a Bad Name
5. Born to Be My Baby
6. Lost Highway
7. Because We Can
8. I’ll Sleep When I’m Dead
9. Runaway
10. We Got It Goin’ On
11. Someday I’ll Be Saturday Night
12. Bed of Roses
13. It’s My Life
14. Captain Crash & the Beauty Queen From Mars
15. Roller Coaster
16. Wanted Dead or Alive
17. Lay Your Hands On Me
18. Keep the Faith
19. Bad Medicine
Bis:
20. Have a Nice Day
21. Livin’ on a Prayer
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