Pitty, mais agridoce que nunca

Por: Wanderley Ribeiro (Colaborador)

A jovem roqueira comemora o lançamento do DVD do seu mais recente projeto musical, intitulado “Agridoce”, com o músico Martin de sua banda; e em entrevista fala sobre seu estilo, música, projetos, moda e tatuagens.

Foto divulgação (Pitty e Martin)
Foto divulgação (Pitty e Martin)

ENTREVISTA:

01. Para esse novo projeto intitulado Agridoce, com o músico da sua banda Martin, de onde surgiu a iniciativa para desenvolver esse trabalho?

“Surgiu do universo, acho. A gente não tinha planejado nada, somente começamos a fazer umas jams sessions aqui em casa e quando demos conta tínhamos um bocado de músicas feitas. Foi só aí que resolvemos gravar um disco e fazer shows. A coisa foi rolando, rolando”…

02. Em algumas entrevistas você definiu esse projeto como “melancólico, reflexivo e introspectivo”; por que?

“ Porque esses eram os sentimentos predominantes na hora da composição; as músicas surgiam desses estados de espírito. Esse tom das composições influenciou a sonoridade, os timbres, as escolhas durante a gravação do disco”.

03. E de onde surgiu o nome Agridoce?

“Da necessidade de batizar aquilo que estávamos fazendo, que estava tomando forma e que não tinha nome. Ficamos pensando numa palavra que contivesse essa ideia de dualidade contrastante, de falsa leveza. E aí surgiu o termo, Agridoce”.

04. Nesse projeto você canta em outros idiomas, inclusive em inglês e francês, e recentemente você fez shows nos EUA, além disso, em outros trabalhos, também já cantou em outras línguas, você tem algum projeto para fora do Brasil?

“Nenhum projeto fechado, idealizado; mas estamos abertos para tudo o que rolar”.

05. Muitos fãs se inspiram no seu estilo, já aconteceu alguma situação engraçada do tipo tatuagens em homenagem a você, e qual foi?

“Aconteceram várias; algumas legais, outras bem assustadoras. De legal, já vi tatuagens citando letras de músicas que escrevi, ou desenhos que fazem alusão à um disco meu que marcou a vida daquela pessoa, e até reproduções do meu rosto. Isso eu entendo como homenagem e como querer registrar na pele uma fase pessoal que lhe foi importante. O estranho é quando se depara com alguém que copia a identidade do outro, absolutamente todas as tatuagens, cabelo, roupa. Ao invés de agregar coisas à sua própria personalidade parece se anular e querer ser o outro em sua totalidade, e isso é meio esquisito”.

06. Como você acha que seu estilo reflete em seu trabalho e no seu dia a dia?

“Acho que ele acaba sendo uma consequência, um efeito, um reflexo das coisas que eu gosto, e com as quais me identifico. Serve para endossar uma ideia, um conceito”.

07. Existe algum referencial de moda que te agrade, e qual é?

“Hoje em dia gosto muito da Alison Mosshart. Tô numa fase calça, camiseta, jaqueta e bota que dá vontade de ir assim pra tudo que é lugar”.

08. Você acha que o estilo Pitty de ser, também é meio Agridoce? Qual é a melhor definição para a identidade visual Pitty?

“Claro que é… o Agridoce é uma ramificação da minha personalidade, é só mais uma parte dela. É complicado ter uma definição para identidade visual porque ela é sempre uma coisa inacabada. É sempre uma obra em andamento”.

09. Se você se definisse com uma palavra, qual seria?

“Que difícil, uma só. Múltipla, talvez”.

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