Slipknot levanta público dos pés a cabeça em show arrebatador no Rio

Depois de uma longa espera, os fãs cariocas puderam conferir um show de peso dos mascarados do new metal

Por Gustavo Franchini


Os norte-americanos do Slipknot (banda de new metal que coleciona uma discografia invejável de sucessos nas paradas mundiais) vieram ao Brasil para celebrar o seu já conhecido festival Knotfest, que ocorrerá neste domingo (18), em São Paulo, e deram uma passadinha no Rio de Janeiro na recente quinta-feira (15) para reencontrar os seus fãs de longa data, além da nova geração que estava presente em peso.

Depois de um show de abertura aclamado como o do Bring Me The Horizon, esta com um som que tem uma pegada mais metalcore, o palco estava pronto para receber um dos grupos mais aguardados pelos brasileiros. E era notória a presença massiva da plateia mais jovem, demonstrando que o “noneto” (sim, eles contam com 9 integrantes) conseguiu reciclar sua carreira e apresentar um som que abraça tanto os metaleiros old school quanto à molecada que estava ali super animada. E não se enganem: provavelmente eles eram os que mais batiam cabeça nas músicas, cantando todos os refrães!

O conjunto liderado pelo vocalista Corey Taylor que, aliás, é um exemplo de frontman e respeito ao público, não poupou hits e já abriu com “Disasterpiece”, clássico do popular e maravilhoso álbum Iowa (2001). E o setlist demonstraria que os quatro primeiros discos teriam muito impacto no espetáculo, visto que mais de 10 músicas fariam parte desta época que muitos consideram a melhor deles, ou seja, pode botar na conta aí também canções como “Wait and Bleed”, “Psychosocial” e “Duality”, tornando o evento praticamente um best of da carreira do Slipknot.

Mesmo sendo tocada uma pedrada atrás da outra, praticamente sem intervalos (apenas para Corey se dirigir ao público com mensagens positivas e de amor ao nosso país), os cariocas não paravam um minuto sequer de pular, gritar a plenos pulmões e mostrar por que o mundo artístico considera o Brasil um dos melhores lugares para se tocar. Em certos momentos, a voz de quem estava na pista chegou a ficar mais alta do que a do próprio vocalista, como na “Before I Forget”, do álbum Vol.3: (The Subliminal Verses) (2004).


Dos álbuns recém-lançados, como We Are Not Your Kind (2019) e The End, So Far (2022), mandaram ver com “All Out Life”, “Unsainted” e “The Dying Song (Time To Sing)”, que se mesclaram às mais conhecidas, tornando o repertório bem democrático, agradando a todos. Para fechar com chave de ouro pós-bis, a sensacional “People = Shit”, talvez a mais relevante da banda no quesito riff, peso, harmonia e originalidade dentro do gênero, e “Surfacing”, deixando aquele ‘gostinho de quero mais’, visto que prometeram voltar em breve às terras brasileiras.

Há de se ressaltar a qualidade da produção de palco, que é um espetáculo à parte, seja na iluminação, seja no jogo de cores e sincronia com as músicas. Quem esteve lá no Rock in Rio 2011 e 2015 (a equipe do Universo do Rock e este que vos fala com certeza estavam!), pôde conferir um show com uma pegada similar, grandioso e enérgico do início ao fim. Mestres em criar melodias pegajosas, o Slipknot é realmente um destaque dentro do cenário musical e somos sortudos de termos a oportunidade de conferir mais uma vez uma verdadeira celebração à música pesada!

Agradecimentos à 30 Entertainment e Midiorama por nos proporcionar mais um credenciamento em nosso longevo caminho de quase duas décadas representando com qualidade e profissionalismo a imprensa musical brasileira.


SETLIST SLIPKNOT (RJ):
1 – Disasterpiece
2 – Wait and Bleed
3 – All Out Life
4 – Sulfur
5 – Before I Forget
6 – The Dying Song (Time to Sing)
7 – Dead Memories
8 – Unsainted
9 – The Heretic Anthem
10 – Psychosocial
11 – Duality
12 – Custer
13 – Spit It Out
BIS
14 – People = Shit
15 – Surfacing


GALERIA DE FOTOS (SLIPKNOT/ RJ):


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